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Miguel Lorenzo

20/07/12

Novo índice retrata produção global de alimentos

No ranking dos 105 países, o Brasil aparece em 31 colocação, se posicionando acima da média global em todas as categorias avaliadas pelo estudo. São elas: acessibilidade, disponibilidade, qualidade e segurança alimentar. Os pontos fortes do País apontados no estudo são o compromisso com padrões nutricionais e adoção de programas para segurança alimentar, a baixa volatilidade da produção agrícola, a pequena proporção da população que está abaixo da linha da pobreza, as tarifas de importação agrícola, o consumo de alimentos, o fornecimento de alimentos e o acesso a financiamento.

“Acho que poderíamos estar numa posição mais alta, mas acredito que a troca de informação entre os membros do grupo de 105 países servirá para a troca de informações e ajudará os paises a se mexerem neste ranking”, avalia Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas.

De acordo com Robert Wood, representante do Economist Intelligence Unit, o índice de preços da ferramenta será atualizado a cada três meses. Já o ranking pode ser modificado a cada dois anos. “Acreditamos que essa será uma importante ferramenta de consulta sobre a situação da produção mundial de alimentos”, diz Wood.

Os Estados Unidos, a Dinamarca, a Noruega e a França são os países de maior segurança alimentar da mundo. A combinação de alimentos amplos, alta renda, poucos gastos com comida em relação a outros gastos e investimentos significativos em pesquisa agrícola e desenvolvimento (P & D) colocou esses países no topo do índice de 105 nações.

A oferta de alimentos nos países avançados se situa em média em 1.200 calorias a mais por pessoa, por dia, do que em economias de baixa renda. Entre os países ricos, há comida suficiente para cada pessoa a comer 1.100 calorias acima do oferecido pelo mercado. Já nos países de baixa renda, o abastecimento de alimentos nacionais cai, em média, para um excendente de 100 calorias.

“Para combater as causas da fome, precisamos traçar um caminho comum, que nos ajude a tratar de questões-chave como acessibilidade, disponibilidade, qualidade nutricional e segurança alimentar”, diz Ricardo Vellutini, presidente da DuPont do Brasil. O índice foi apresentado simultaneamente no Brasil, na Bélgica, na África do Sul e nos Estados Unidos e pode ser acessado no site www.foodsecurityindex.eiu.com